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Não somos estrangeiros

Somos registradores brasileiros

Os colegas viram o edital de convocação da AGE? Aqui: https://goo.gl/DIRjy9 

 

O objetivo é ratificar a decisão de Salvador de compra da sede de Brasília.

 

A votação em Salvador foi conduzida como um trator. Muitos de nós, que estávamos presentes e éramos contrários à ideia, nos constrangemos com o encaminhamento da votação. Iríamos questionar a legitimidade da AGO, mas parece que o erro foi percebido (ou assoprado). Esta AGE é, pois, um referendum.

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Precisamos de uma sede em Brasília?

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Com tantas frentes de batalha, a demandar grandes investimentos, será uma boa ideia comprar uma nova sede em BSB?

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Eu sou frontalmente contrário à ideia. Por alguns bons motivos:

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  1. Brasília é de difícil acesso para os colegas de todo o Brasil. Muito mais fácil, cômodo e econômico será manter a sede em SP. Para SP acorrem todos os voos de todo o Brasil. Muitos terão que vir a SP para depois embarcar para BSB. Não é razoável.
     

  2. E a sede de SP? Há tempos deliberou-se a compra de uma nova sede em SP. Para isso se constituiu um fundo extraordinário de contribuições que foi deliberadamente confundido na conta corrente do IRIB. Vai haver tredestinação? Houve deliberação nesse sentido? Os que contribuíram poderão optar por receber os valores de volta (já que se tratava de dinheiro carimbado?)
     

  3. Pós-verdade. Vivemos uma época de post truth. A expressão é norte-americana e se refere ao fenômeno de construção de narrativas que se superpõem a fatos com ares de verdade, Na ocasião da AGO de Salvador, traído por sucessivos episódios de lapsus linguae o Presidente se via obrigado a esclarecer, contra a sua própria expressão, “que não se tratava de compra de uma sede em BSB, mas de aquisição de simples escritório". Mas, vejam lá. Investir num mero escritório é o que mais necessitamos hoje?

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Volto a esse assunto no início da semana indicando outros argumentos em sentido contrário à aquisição sede/escritório em Brasília.

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A estratégia de pós-verdade e a construção de narrativas úteis

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Os colegas de todos os Estados brasileiros, inclusive alguns colegas de São Paulo, precisam ficar muito atentos para a estratégia solerte de qualificar nossa postura crítica como mera resistência paulista aos interesses dos outros estados.

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Esta é uma típica narrativa política que se encaixa nas estratégias de post truth. Já escrevi um pequeno texto: Os registradores paulistas são registradores brasileiros que pode ser visto em aqui mesmo.

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Não caiam nesta narrativa esperta e interessada que expressa uma espécie de xenofobia.

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Não somos estrangeiros. SOMOS TODOS REGISTRADORES BRASILEIROS!

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Um bom domingo e até breve.

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SJ 

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